domingo, 23 de janeiro de 2011

Promissórias Tupiniquins

vista do décimo primeiro andar do hotel granada, Lapa.
O final de semana foi livre para os participantes do VER-SUS, então resolvi conversar com uma ou duas pessoas, cariocas, nativos como ludicamente costumo chamá-los. O teor da conversa, ora, nosso alvo principal nesta, até agora, bem fadada estada no município do Rio de Janeiro, o SUS. Sobre a saúde, de forma geral, nada de elogios, no melhor dos casos, um “da para o gasto”. Em relação as Clínicas da família, poucos ouviram falar, e os que ouviram não chegaram a conhece-las. O que parece cada vez mais nítido é que a iniciativa, apesar de positiva, é deveras tímida e não esta sendo acompanha de outros movimentos tão ou mais necessários como o combate ao déficit habitacional, saneamento básico - que longe dos olhos, não serve ou coração, tão pouco a eleição – serviços, como coleta de lixo nos bairros mais pobres e, claro, o que não depende unicamente do governo municipal, investimento em educação. Ufa! Me Senti um disco arranhado agora, uma tecla estragada, uma roupa velha. Mas é assim, enquanto a música não for outra, toca-se mais moradias decentes, enquanto a nota for a do descaso, falta de vontade ou organização política, segue-se apertando a tecla dos serviços e enquanto a educação for essa, sem estrutura e dos profissionais pauperizados, veste-se a mesma roupa de sempre, surrada, de lágrimas e suores, com os odores de marias, joãos, luizas e luizes, que lutaram, lutam e seguirão na batalha, que se ainda longe do fim, encontra-se já com alguns passos dados do começo. Porque na terra tupiniquim se algumas batalhas já acabaram, a luta, a luta meus irmãos, essa ainda continua.

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