Visitamos a clínica da família Hans Jurgen Fernando Dohmann, localizada na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, uma das mais pobres e também, historicamente, uma das menos privilegiadas com as políticas públicas de saúde na capital carioca. No entanto, essa lógica barbada, porém não incomum, de menos para quem mais precisa, parece estar mudando. A prefeitura do Rio de Janeiro começa a espalhar, através de sua política de saúde, clínicas de atenção primária como a clínica que visitamos. Logo ao entrar no centro de saúde Hans Jurgen ficamos atônitos. As instalações são inteiramente opostas ao que poderíamos esperar de um posto do SUS. Corredores limpos, estrutura moderna, salas organizadas e em grande parte bem equipadas humanizam o local que bem poderia estar localizado em um país nórdico. Programas como a academia carioca da saúde, que coloca um centro de atividades físicas dentro da unidade de saúde, dão o tom das políticas de saúde primária, o da prevenção. Foi certamente um excelente começo, entretanto, as ações que tornaram possível a prefeitura do Rio passar de 3,9% de cobertura da população pelos agentes comunitários para quase 30% em pouco mais de um ano ainda não esta totalmente clara. Certamente ouve vontade política, mas terá sido somente isso? As parcerias com as OS (organizações sociais), seu funcionamento e o interesse delas ainda parece um pouco obscuro para este estudante que vos escreve, mas, estamos de olho...
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